Doação
de Orgãos
“ Algo simples que salva vidas ”
Transformar a morte em vida
Lidar diariamente com este assunto é
mesmo difícil, mas é o que acontece com quem se dedica a
transformar a morte em vida. Falar com as famílias em luto não é
fácil e os técnicos partilham a sua dor. “Nunca se endurece nesta
abordagem. Não há maneiras, não há carapaças para chegarmos a
uma família em luto e dizer que estamos ali para colher os órgãos.
Todos sofremos e choramos com as famílias, mas depois também temos
a recompensa de ver “renascer” os doentes transplantados”,
desabafa Maria João Aguiar. A enfermeira Ana Paiva, também era
transplantada [ver caixa] confessou-nos que jamais se poderá
esquecer das palavras de um doente que aguardava um transplante
cardíaco e que lhe disse: ““Hoje está a chover, pode ser que
tenha a sorte de ocorrerem muitos acidentes e alguém morra e eu
possa sobreviver”. Como profissional é duro ouvir estas palavras”.
Para quem acompanha esta realidade de perto a alegria de uns traduz
sempre a profunda tristeza de outros.
É
algo comovente ver o sofrimento das pessas e ainda comentar sobre um
assunto que é considerado um tabu por alguns, aceitar a doação
para uns pode ser algo bom ao saber que seu ente querido mesmo depois
de partir ira salvar vidas ; enquanto para outros pode ser um trauma
por não conhecerem o assunto e acharem que eles podem ficar
deformados e também estranho por ter “partes”do mesmo
“espalhadas”.
Imaginar que pode encontrar uma pessoa que recebeu o orgão, e vela
feliz, pode ser para uns uma felicidade, porque pensa assim “ajudei
alguem salvei uma vida” e para outros um pensamento negativo como
por exemplo lembra novamente da morte do seu familiar ou amigo.
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