sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Doação de orgãos.


Doação de Orgãos
Algo simples que salva vidas ”

Transformar a morte em vida
Lidar diariamente com este assunto é mesmo difícil, mas é o que acontece com quem se dedica a transformar a morte em vida. Falar com as famílias em luto não é fácil e os técnicos partilham a sua dor. “Nunca se endurece nesta abordagem. Não há maneiras, não há carapaças para chegarmos a uma família em luto e dizer que estamos ali para colher os órgãos. Todos sofremos e choramos com as famílias, mas depois também temos a recompensa de ver “renascer” os doentes transplantados”, desabafa Maria João Aguiar. A enfermeira Ana Paiva, também era transplantada [ver caixa] confessou-nos que jamais se poderá esquecer das palavras de um doente que aguardava um transplante cardíaco e que lhe disse: ““Hoje está a chover, pode ser que tenha a sorte de ocorrerem muitos acidentes e alguém morra e eu possa sobreviver”. Como profissional é duro ouvir estas palavras”. Para quem acompanha esta realidade de perto a alegria de uns traduz sempre a profunda tristeza de outros.
É algo comovente ver o sofrimento das pessas e ainda comentar sobre um assunto que é considerado um tabu por alguns, aceitar a doação para uns pode ser algo bom ao saber que seu ente querido mesmo depois de partir ira salvar vidas ; enquanto para outros pode ser um trauma por não conhecerem o assunto e acharem que eles podem ficar deformados e também estranho por ter “partes”do mesmo “espalhadas”.
Imaginar que pode encontrar uma pessoa que recebeu o orgão, e vela feliz, pode ser para uns uma felicidade, porque pensa assim “ajudei alguem salvei uma vida” e para outros um pensamento negativo como por exemplo lembra novamente da morte do seu familiar ou amigo.

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